Objetivo
Identificar o domínio de cada aluno em relação aos padrões da linguagem
escrita.
Conteúdos específicos
- Produção de texto.
- Fábulas.
Anos
Do 3º ao 5º ano
Material necessário
Folhas para escrever, lápis e borracha.
No caso de alunos com deficiência intelectual, providencie, também, uma prancha
de comunicação.
Flexibilização
Para alunos com paralisia cerebral, mas com um nível
razoável de compreensão, ofereça uma explicação individual a respeito da
atividade que será realizada e marque no quadro todas as etapas da aula. A
repetição é fundamental para o acompanhamento.
Ao invés de realizar o trabalho de reprodução da fábula individualmente,
divida a turma em duplas, para que o aluno seja apoiado por um colega. Ambos
devem discutir o enredo da fábula, mas o aluno sem deficiência servirá como
escriba. Caso o aluno seja incapaz de falar com clareza, uma alternativa é
utilizar uma prancha de comunicação - um cartaz com imagens e trechos da fábula
para que o aluno com deficiência possa apontar (com as mãos ou pés) os elementos
sobre os quais deseja contar algo.
Se necessário, estenda o tempo da atividade e oriente os familiares do
aluno com deficiência para que releiam a história com ele em casa, antes da
produção textual.
Desenvolvimento
1ª etapa
Converse com a turma sobre a atividade que você vai propor, explicando
que ela será importante para o planejamento das próximas aulas e vai ajudar
todos a escrever com mais segurança. A tarefa é reproduzir por escrito uma
fábula (de conhecimento da turma) que será lida por você em sala.
2ª etapa
Depois da leitura, converse sobre o enredo para que as crianças se
familiarizem ao máximo com a história. Você pode solicitar que contem a fábula
oralmente para ter a certeza de que
todos têm condições de reproduzi-la por escrito. Por fim, peça que os alunos a
escrevam por conta própria.
Flexibilização para deficiência intelectual
Peça à família ou ao AEE que leiam mais vezes a fábula escolhida e que o
aluno a reconte. Em classe, tenha uma conversa antecipada com ele para que possa
perceber melhor o comportamento esperado. Proponha ao grupo um reconto oral em
que cada um conte parte da fábula. Combine antes qual será lida por ele. A
escrita da fábula pode ser feita em dupla, se ele não for alfabético. Nesse
caso, o colega será o escriba.
Avaliação
O diagnóstico é feito ao analisar os textos de acordo com uma lista de
problemas e dificuldades previamente estabelecida, que considere tanto padrões
de escrita como características do gênero escolhido. No caso das fábulas, uma
sugestão possível é a seguinte:
Padrões de escrita
- Apresenta muitas dificuldades para representar sílabas cuja estrutura seja
diferente de consoante-vogal.
- Apresenta erros por interferência da fala na escrita em fim de palavras.
- Apresenta erros por interferência da fala na escrita no radical.
- Troca letras ("c"/"ç", "c"/"qu",
"r"/ "rr", "s"/"ss",
"g"/"gu", "m"/"n") por desconhecer as
regularidades contextuais do sistema ortográfico.
- Troca letras
("c"/"ç"/"s"/"ss"/"x",
"s"/"z", "x"/"ch",
"g"/"j") por desconhecer as múltiplas representações do
mesmo som.
- Realiza trocas de consoantes surdas (produzidas sem vibração das cordas
vocais, como "p" e "t") e sonoras (com vibração das cordas,
como "b" e "d").
- Revela problemas na representação da nasalização
("ã"/"an").
- Não domina as regras básicas de concordância nominal e verbal da língua.
- Não segmenta o texto em frases usando letras maiúsculas e ponto (final,
interrogação, exclamação).
- Não emprega a vírgula em frases.
- Não segmenta o texto em parágrafos.
- Não dispõe o texto (margens, parágrafos, títulos, cabeçalhos) de acordo com
as convenções.
Flexibilização para deficiência
intelectual
Se o aluno ainda não dominar a escrita, explore bastante o reconto oral
e a leitura das ilustrações. O reconto pode ser gravado em áudio e explorado
junto com todo o grupo.
Características do gênero
- Modifica o conflito principal da história.
- Não evidencia a relação entre os personagens.
- Não constrói o clímax.
- Transforma o desfecho da história.
- Não constrói o texto de modo a retomar ideias anteriores para dar unidade de
sentido (coesão referencial).
- Não usa marcadores temporais.
Assim que preencher a análise de todos os alunos, faça a tabulação dos
dados. Se você tiver acesso a um computador e um software de edição de
planilhas (do tipo Excel), esse trabalho poderá ser feito com mais rapidez.
Consolide os dados e verifique quantas vezes os problemas listados aparecem no
texto de cada criança. Em seguida, registre o total de vezes que esse problema
aparece em todo o grupo. Com base nesse diagnóstico, liste os problemas
principais que precisam ser trabalhados com toda a turma, tratando-os como
conteúdos prioritários para o semestre.
Essa análise também vai permitir que você identifique dificuldades
individuais dos alunos. Uma opção para tratá-las é planejar atividades em
grupos, desde que eles reúnam alunos com diferentes níveis de conhecimento.
Dessa forma, os estudantes mais avançados poderão interagir com aqueles que têm
dificuldades para que possam se desenvolver juntos.
Tenha cuidado ao formar esses grupos. O nível de conhecimento dos alunos
deve ser variado, porém, não muito. Caso contrário, corre-se o risco de o aluno
com dificuldade não conseguir acompanhar o colega mais avançado. (Revista Nova Escola) By Lully.
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