A dislexia é certamente um obstáculo difícil, mas não barreira intransponível. Em primeiro lugar, o importante é que o obstáculo deve ser reconhecido.
Se os pais e professores compreenderem exatamente quais são as dificuldades que uma criança com dislexia apresenta, eles poderão ser muito úteis, não somente mostrando simpatia e encorajamento, mas principalmente buscando uma didática mais adequada.
A criança com dislexia difere das outras de mesma idade de várias maneiras.
Estas diferenças não são evidentes em todas as crianças com dislexia e elas ocorrem em diversas combinações.
O nível das dificuldades também varia muito. Pais e professores poderão reconhecer se as dificuldades são devidas a dislexia, fazendo a si próprios as perguntas que se seguem.
A dislexia ocorre mais em meninos, porém pode aparecer também em meninas.
Se os pais e professores compreenderem exatamente quais são as dificuldades que uma criança com dislexia apresenta, eles poderão ser muito úteis, não somente mostrando simpatia e encorajamento, mas principalmente buscando uma didática mais adequada.
A criança com dislexia difere das outras de mesma idade de várias maneiras.
Estas diferenças não são evidentes em todas as crianças com dislexia e elas ocorrem em diversas combinações.
O nível das dificuldades também varia muito. Pais e professores poderão reconhecer se as dificuldades são devidas a dislexia, fazendo a si próprios as perguntas que se seguem.
A dislexia ocorre mais em meninos, porém pode aparecer também em meninas.
Se tiver cerca de 8 anos e meio ou menos
- ainda tem dificuldade de leitura
- ainda tem dificuldade para soletrar
- atividades não relacionadas com leitura e soletração é esperto e inteligente
- inverte os números, por exemplo 15 por 51 ou 2 por 5
- escreve "b" ao invés de "d"
- necessita usar blocos ou dedos ou anotações para fazer cálculos
- tem alguma dificuldade incomum em lembrar a tabuada
- demora a responder
- confunde a esquerda com a direita
- é desajeitado (algumas crianças com dislexia são, mas não todas).
- tem dificuldade em pegar ou chutar bola
- tem dificuldade em atar os sapatos, fazer nó numa gravata, vestir ou trocar de roupa
Se tiver de 8 1/2 a 12 anos:
- ainda comete erros negligentes na leitura
- ainda comete erros esquisitos na soletração
- omite algumas letras nas palavras
- não tem bom senso de direção , confundindo às vezes esquerda com direita
- às vezes confunde "b" com "d"
- ainda acha a tabuada difícil
- ainda utiliza os dedos das mãos, dos pés e sinais especiais no papel para fazer cálculos
- a compreensão de leitura é mais lenta do que esperada na idade dele
- leva mais tempo do que a média para fazer trabalhos escritos na escola ou em casa
- lê muito por prazer
- o tempo que leva para fazer as quatro operações aritméticas, parece ser mais lento do que o esperado para sua idade
- demonstra insegurança e baixa apreciação sobre si mesmo
Se ele tiver 12 anos ou acima:
- há ainda erros na leitura
- quando faz soletração, nota-se ainda algumas incorreções
- as instruções, os números de telefone, etc... tem às vezes de ser repetidos
- se atrapalha pronunciando palavras longas (fraca experiência com palavras como: preliminarmente, filosoficamente, paralelepípedo)
- se confunde, às vezes, com lugares, horários e datas
- muita verificação tem de ser feita antes de poder copiar corretamente
- ainda tem dificuldade com as tabuadas mais difíceis
- na forma tradicional de recitar as tabuadas , se perde e pula alguns números, esquecendo em que ponto esta
- diga-lhe quatro números, por exemplo 4 - 9 - 5 - 8, pronunciados em intervalos de um segundo, e, peça-lhe para dizer em ordem inversa.
- ainda volta aos hábitos da idade anterior quando se cansa
- tem dificuldades em planejar e fazer redações
Todas as Idades:
- há alguém mais na família com o mesmo problema
- você tem a impressão que existe anomalias e inconsistências na performance dele; que é esperto e inteligente em alguns aspectos mas parece ter um bloqueio parcial ou total em outros, difícil de explicar
Dicas que podem ajudar:
- Não o chame simplesmente de preguiçoso ou de desleixado.
- Não faca comparações com outros membros da família ou com colegas de classe.
- Não exerça pressão sobre ele a ponto de amedrontá-lo com a perspectiva de não passar de ano ou de deixar você desapontado
- Não exija que ele leia em voz alta perante seus colegas (sem seu consentimento) .
- Não espere que aprenda a soletrar uma palavra após escrevê-la repetidas vezes, com a finalidade de lembrá-la. Certamente não se lembrara.
- Não fique surpreso se facilmente se cansar ou desanimar.
- Não se surpreenda se a caligrafia for irregular ou feia. Boa caligrafia e muito difícil .
- Não se surpreenda se o desempenho for incongruente; se em algumas ocasiões se sair bem e em outras não.
- Não diga somente "tente esforçar-se", incentive nas coisas que gosta e faz bem feito.
Leia em voz alta.
- Manifeste sua apreciação pelo esforço, como por exemplo, elogiando por tentar escrever uma estória. Mesmo que ela contenha muitos erros, diga que a maioria das palavras estavam certas.
- Estimule a olhar as palavras detalhadamente, poucas letras de cada vez.
- Fale francamente sobre dificuldades dele.
- Ajude a reconhecer que há muitas coisas que pode fazer bem.
- Motive a ir devagar, dando tempo ao tempo.
O mais importante
Procure ensino especial(possivelmente no sistema individual, através de alguém que seja especialista em dislexia)
Pais e Escolas
Se seu filho freqüenta uma escola, fale com o diretor, afim de que haja perfeito entendimento entre vocês, e para que você possa estar certo de que os professores de seu filho estão conscientes das dificuldades que ele enfrenta e bem informados sobre o assunto.
Se você tiver interesse em escolas especializadas em dislexia ou profissionais que possam ser consultados sobre problemas especiais de crianças com dislexia, ABD -Associação Brasileira de Dislexia poderá colocá-lo em contato com os mesmos.
Provas
Se ele se submeter a provas escritas, um atestado sobre as suas dificuldades poderá ser reme tido para o conselho examinador , através do diretor da escola. Isto é aceitável somente pelo psicólogo escolar e somente depois de feita uma avaliação detalhada.
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