segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Planejamento: O que? Por quê? Para que?

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É fato que ao longo da história o homem inconscientemente planeja suas ações, afirmamos que isso ocorre de forma inconsciente, pois, não se observa uma sistematização do plano, mas reflexões, pensamentos, conversas em torno de: O que fazer? Como fazer? E quando fazer? Em relação aos mais variados assuntos. Desta forma pode – se verificar a presença inata do ato de planejar na vida humana. Este se faz necessário e presente nas mais diversas esferas e áreas do conhecimento.
No entanto observa – se que na área educacional o planejamento das ações e do movimento refletirá automaticamente nos resultados do processo.
È fato conhecido que em sala de aula temos os mais diferentes níveis intelectuais e tipos de ouvinte ficando evidentes as diferenças de tempos e modos de aprendizagem. Neste modelo o planejamento do curso é utilizado como norte para que se tenha conhecimento do que se pretende ensinar, já o planejamento das aulas norteia o como ensinar, não basta saber o conteúdo a ser transmitido é necessário ir além e buscar formas variadas para faze – lo.
No cenário de graduação ainda encontramos mais que rotineiramente professores que trabalham apenas com a primeira parte do planejamento, ou seja, o que ensinar a determinado grupo e quanto ao como fazer aplica- se o de sempre aulas interativas de exposição onde o professor fala e o aluno ouve e anota o que concluir necessário. Então fica a pergunta: E na hora de avaliar?A resposta se põe quase que automaticamente, marca-se uma data e aplica – se uma avaliação escrita onde o aluno irá expor aquilo que assimilou.
Contrariando tudo que se ouve nos cursos de formação de educadores fala – se que devemos formar seres pensantes, críticos e conscientes de seus direitos, que as aulas devem ser atrativas. Mas de forma se faz tudo isso se o que se aprende na prática universitária na maioria das vezes vai na contra mão desta via. No processo educacional é impraticável seguir aquele ditado popular “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Aprende – se muito mais pelo exemplo e vivência que com textos e teorias.
Neste caso é necessário que o campo de visão dos professores universitários se transforme e passem a demonstrar na prática tudo que é colocado na teoria, faz se necessário aulas dinâmicas e criativas para que este sim seja o modelo a ser seguido.
O adulto ainda é como uma criança e como tal aprende mais rapidamente e eficazmente quando sente prazer em estar no cenário de aprendizagem. Não se deixará de lado o estudo de textos teorias que são de extrema importância, apenas se dá a estes um novo formato de estudo.
Debater, criar jogos de perguntas e respostas, realizar produções críticas em grupo ou individualmente do tema estudado, criar formas de aplicação prática das teorias estudadas, realizarem leitura prévia da aula e realizar em promover um espaço de troca de conhecimentos no espaço escolar... Estas poderiam ser apenas algumas possibilidades de aulas interativas.
Neste caso as aulas se tornam práticas de fato articula – se teoria e prática de maneira natural e o processo avaliativo se dá de maneira mais coerente uma vez que este ocorre ao longo do processo de maneira natural, podendo o professor observar o processo de aprendizagem do aluno de forma natural. O aluno coloca o que sabe e aprendeu e a partir destas observações é possível planejar as ações adequadas para atender as dúvidas e dificuldades dos alunos.
Aos educadores dos mais diversos níveis convido a realizar um retorno reflexivo aos quatro pilares da educação: “aprender a ser, aprender a conviver, aprender a fazer, aprender a aprender”. Façamos uma pausa de alguns minutos em nossa prática e pensemos sobre esses pilares de maneira a realizar uma auto avaliação. Será que de fato estou seguindo estes pilares... Não se constrói uma casa bem edificada começando pelo telhado, a estrutura é o que de fato faz a casa ficar de pé e produzir abrigo.
Vamos construir uma educação de qualidade em nosso país e o primeiro passo deve ser dado por aqueles que se dignificam a formar novos educadores a base é construída na universidade.
Este é o momento vamos juntos galgar a caminhada educativa infinita e aprende dia após dia a ser, a conviver, a fazer e, sobretudo a aprender.   
Referências bibliográficas: 
PACCA, Jesuína L. A.,Revista Brasileira de Ensino de Física. Vol.14 nº1, 1992 – Diversos. http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol14a07.pdf 
GAMA, Anailton de Souza, FIGUEREDO, Sonner Arfux de. O planejamento no contexto escolar. http://www.uems.br/na/discursividade/Arquivos/edicao04/pdf/05.pdf

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