Uma das
preocupações e interrogações acerca do diagnóstico psicopedagógico clínico, é a
atitude terapêutica desse profissional ao fazer em si o diagnóstico.
Sabemos que, de fato ,é um fator preocupante para o psicopedagogo. A
responsabilidade de garantir um diagnóstico preciso, garante um bem estar não
só da criança que esta sendo avaliada bem como da família que participa desse
mesmo movimento de ansiedade . Todavia, ao longo das etapas e sessões
realizadas, o Psicopedagogo recebe do sujeito informações necessárias e
precisas que viabilizam o processo de diagnóstico. Essas informações precisam
ser decodificadas com precisão, buscando sempre que necessário uma atitude cautelosa
diante das informações que são recebidas no ato do atendimento.. Sabe-se
que no diagnóstico a atenção e a percepção do profissional que realiza as sessões são
fatores essenciais neste processo. É
necessário que o psicopedagogo tenha discernimento das informações que recebe
do sujeito que está sendo avaliado, assim, estará evitando uma série de
confusões na elaboração e formulação de
suas próprias idéias conceituais.
A família, a escola e a comunidade da qual esse sujeito
está inserido, participa em algum momento do diagnóstico. São peças principais de um quebra-cabeça a ser
montado . É a partir desse contexto que o profissional consegue colher informações
necessárias mas nem sempre precisas. O mais importante é considerar o que o
sujeito traz consigo ao longo do seu processo de desenvolvimento . Considerando
sua fala, sua emoção, seus pensamentos, sua cognição, etc.
As etapas, sejam elas, avaliadas a partir de um viés construtivista ou
psicanalítico , devem ser bem conduzidas. Seja qual for a linha de trabalho é
necessário cumprir a ética.
Piaget define inteligência como a
capacidade de se adaptar as situações do meio, e que a inteligência é
construída por meio de estágios de desenvolvimento onde ocorre um processo de assimilação, acomodação e organização e é
por este motivo que no processo de aprendizagem
ocorre equilíbrio, desequilíbrio
e equilíbrio. Há a necessidade de desequilibrar para novamente equilibrar.
Portanto, é possível identificar às dificuldades de aprendizagens em vários
aspectos considerando as diversas variáveis que interferem neste processo.
Estas dificuldades podem ser : de
atenção, de percepção, emocionais, de memória e de cognição. O mais importante
é sabermos interpretá-las com seriedade
e confiança , tendo o propósito de realizar um diagnóstico seguro e preciso.
Já Freud, define condutas de
comportamento como estruturas Psicopatológicas que podem ser : histérica,obsessiva, narcísica e perversa.
Estas condutas, podem interferir no processo de aprendizagem se não forem bem
elaboradas . Para Freud, as etapas de desenvolvimento constituem as chamadas
fases : oral, anal, fálica, latência e genital. Elas permitem que compreendemos
posteriormente as etapas de comportamento posterior, onde será possível
perceber falhas, anomalias e desajuste desse indivíduo aprendente.
As linhas de pensamento são, de fato, essenciais no desenvolvimento do
trabalho psicopedagógico, mas ratifico que o mais importante é valorizar a
realidade dos fatos. Trabalhar com o real
para Ter a certeza e enfocar o abstrato para obter uma atitude reflexiva
do processo de diagnóstico. Valorizar e treinar a escuta é um exercício de
aprimoramento.( Susana Chianello) By Lully.
Nenhum comentário:
Postar um comentário